Contei no post anterior o quanto que minha vida mudou com a perda do meu pai. Foi um ano depois que decidi fazer um intercâmbio para a França, e que foi uma experiência que trouxe profundas transformações. A França me proporcionou curas, mudanças e a oportunidade de ressignificar minha vida.
Paris não foi apenas um lugar para mim; foi um lugar de cura e reflexão. Cada esquina que eu cruzava e cada museu que visitava parecia contar uma história que me ajudava a reescrever a minha. Naquele momento, a cidade das luzes tornou-se um espelho da minha própria busca interior.
Foi na França que comecei a ressignificar a minha vida, aprendendo a valorizar o presente e a apreciar o poder da mudança. As dificuldades que enfrentei ao morar em um país estrangeiro me ensinaram resiliência e a importância de se adaptar.
Passados alguns anos, ainda imersa no processo contínuo de transformação pessoal, fui convidada a participar do Talent Connect em Nova York, promovido pelo LinkedIn e Microsoft. Esse evento, que reúne líderes de diversas áreas, foi o ponto de virada para uma nova compreensão sobre o futuro do trabalho e a importância de navegar nas mudanças.
Durante o evento, assisti a uma palestra de April Rinne, autora do livro "Flux: 8 Superpowers for Thriving in Constant Change". A maneira como ela falou sobre a necessidade de prosperar em meio à mudança constante tocou em algo profundo dentro de mim. April Rinne descreveu como, no mundo atual, não basta apenas sobreviver às mudanças – é preciso aprender a prosperar nelas.
Essa abordagem ecoou em mim, lembrando-me das lições que Paris me ensinou anos antes: mudança é inevitável, mas a verdadeira habilidade está em encontrar força e crescimento em meio a ela.
Foi nesse mesmo evento que ouvi falar pela primeira vez sobre o conceito de portfólio de carreira. A ideia de que a nossa trajetória profissional não precisa mais seguir uma linha reta, mas sim ser moldada de acordo com nossas múltiplas habilidades e interesses, foi um um salto de consciência.
De uma carreira "I-shaped" (focada em uma especialização), passamos a uma carreira "T-shaped" (com múltiplas habilidades), e agora estamos na era do "X ou Pi-shaped" (onde profundidade e amplitude se conectam).
Essa compreensão me fez perceber que o velho script, onde seguimos uma trilha linear, já não faz mais sentido no cenário atual. Hoje, o profissional do futuro combina profundidade de conhecimento com uma rede de conexões diversas e a habilidade de se adaptar e inovar constantemente.
Depois de assistir à palestra de April Rinne, mergulhei em seu livro "Flux: 8 Superpowers for Thriving in Constant Change". A leitura foi reveladora, pois me ajudou a consolidar algo que eu já vinha vivenciando: a mudança é uma constante na vida, e aprender a navegar por ela é a chave para o sucesso, tanto pessoal quanto profissional.
A abordagem de April combina sabedoria prática com uma compreensão profunda das dinâmicas humanas e organizacionais. Ela nos ensina que a mudança não deve ser vista como uma ameaça, mas como uma oportunidade de crescimento e inovação. Ao longo dos anos, essa mentalidade se tornou central para minha própria jornada.
Minha experiência pessoal de transformação na França e as lições aprendidas sobre o futuro do trabalho em eventos como o Talent Connect têm uma conexão clara. O processo de ressignificação da vida, de aceitar a mudança e prosperar em meio às incertezas, não se aplica apenas à vida pessoal, mas também à vida profissional.
O portfólio de carreira, que é único para cada pessoa, reflete essa trajetória não linear. Hoje, cada vez mais pessoas estão descobrindo que o futuro do trabalho exige uma mentalidade flexível, adaptável e aberta a novas formas de pensar.
Se você já sentiu que a vida te empurrou para longe de sua zona de conforto, e quer saber como transformar isso em crescimento, te convido a refletir sobre sua própria jornada e construir um portfólio de carreira que seja verdadeiramente seu.
Mai
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